Palácio Capanema

Candidato a Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) pela sua importância histórica e arquitetônica e por ser um dos edifícios brasileiros mais representativos do movimento de arquitetura moderna, o prédio hoje denominado Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro, foi construído entre 1937 e 1943 e é um marco da arquitetura moderna no Brasil.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan em 1948, o edifício foi projetado durante a gestão do Ministro Gustavo Capanema para sediar o antigo Ministério da Educação e Saúde. Participaram da iniciativa arquitetos consagrados, entre eles Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Affonso Eduardo Reidy, que tiveram como referência estudos feitos por Le Corbusier. O palácio apresenta ainda obras de arte modernistas, como os painéis de azulejos, quadros e murais de Portinari; as esculturas de Bruno Giorgio, Vera Janacopulus e Celso Antônio, além dos jardins na área do entorno e no terraço, de autoria do paisagista Roberto Burle Marx.

O edifício possui 14 andares sobre o térreo, em pilotis, e pé-direito monumental de mais de nove metros de altura. O terreno, que ocupa um quarteirão inteiro, torna-se uma praça pública porque o pavimento térreo do edifício é permeável, ou seja, permite a passagem desimpedida de pedestres. Do bloco principal, projeta-se perpendicularmente a ala do auditório, no nível térreo, e uma marquise na posição oposta, sobre a qual foi projetado o terraço-jardim do edifício por Roberto Burle Marx. Foi um dos primeiros edifícios, em todo o mundo, a fazer uso do recurso do brise-soleil (quebra-sol) a fim de evitar a incidência direta de radiação solar em sua fachada norte.

Em janeiro de 2015, a Concrejato Engenharia, contratada pelo Iphan, iniciou obras de restauro das fachadas do Capanema, como parte do programa PAC Cidades Históricas, do Governo Federal. O trabalho inclui a recuperação do sistema dos brise-soleil, a recuperação estrutural das faces internas e externas dos mais de 6.000 m² de esquadrias em aço e a restauração de todos os sistemas de movimentação das esquadrias. Os serviços englobam ainda a execução de um guarda-corpo de vidro no perímetro na cobertura e a remoção e o refazimento de revestimento de pastilhas dos pavimentos 16 e 17 e da cobertura da Sala Gilberto Freyre, no primeiro pavimento.